Um dia e duas noites em Porto de Galinhas
Nas minhas últimas férias, em agosto de 2017, havia planejado ir à Amazônia, como você já pode conferir aqui no Viveajantes em quatro etapas (Macapá, Belém, Alter do Chão, Amazonas) . Pois bem. Eis que cerca de dois meses antes, já com tudo acertado, a Gol me resolve fazer uma promoção imperdível. São Paulo – Recife, ida e volta, por R$ 269,53 (incluindo taxas)! A passagem de ida custou apenas R$ 151,90, enquanto a volta ficou por inacreditáveis R$ 59,10 (já as taxas de embarque saíram por R$ 58,53). Imperdível, né? O jeito foi inventar do nada uma viagem para Pernambuco e encaixar uma ida a Porto de Galinhas em um roteiro de apenas cinco dias inteiros. E com planejamento financeiro zero…
Cheguei ao Aeroporto Internacional Guararapes por volta de 13h30 e, depois de almoçar com uma amiga recifense “da gema” (que, por sinal, conheci em Punta del Este – história que também já contei por aqui) no próprio aeroporto, peguei o ônibus executivo que vai direto para o belo distrito do município de Ipojuca, no litoral sul do estado. A viagem foi relativamente tranquila, só com trânsito pesado na saída do Recife. Como a passagem custa R$ 15,60, é um belo custo-benefício para quem viaja sozinho, considerando que de táxi o trajeto de 50 km custa mais de R$ 100.
A praia de Porto de Galinhas
Cheguei cerca de uma hora e meia depois e fui à pé até o Che Lagarto Hostel, onde fiquei hospedado. Assim como o ônibus, a hospedagem também teve um ótimo custo-benefício – eu me arrisco a dizer que dificilmente haja outra melhor em Porto. O Che tem uma ótima estrutura, com banheiros dentro de cada um dos quartos, boas camas, segurança e uma bela piscina. O café da manhã não tinha nada de excepcional, mas também não comprometia.
A praia, já com o anoitecer próximo
Como no Nordeste anoitece bem cedo, só deu tempo de deixar a bagagem e sair para ver o pôr-do-sol na praia. Já à noite, fui ao centrinho da vila, que tem um comércio bem animado e alguns calçadões ótimos para passear. Seguindo a indicação de uma amiga, jantei no Barcaxeira. O maravilhoso escondidinho de carne seca, acompanhado de uma cerveja e com a típica cartola (banana frita com queijo coalho, açúcar e canela) na sobremesa saíram por R$ 78 muito bem pagos.
O escondidinho de carne seca do Barcaxeira
No dia seguinte, único que tive inteiro por lá, aproveitei a manhã para andar pela praia e dar um mergulho. A praia é muito bonita, sim, principalmente pela paisagem composta pelos barcos e jangadas em meio às piscinas naturais. Mas para quem viu diversas imagens das águas azuis e cristalinas na internet, chegar lá e se deparar com as águas turvas – apesar de limpíssimas – foi um pouco frustrante. A impressão que fiquei é que há uma supervalorização nesse aspecto.
O almoço foi em um restaurante por quilo mais econômico (para compensar o gasto um pouco acima do previsto na noite anterior). Na parte da tarde aproveitei para fazer o mergulho “profissional” nas piscinas naturais. Há algumas opções de empresas que fazem esse serviço, mas acabei optando por aquela que tem parceria com o hostel. Por R$ 80 estão inclusos a aula teórica, que é obrigatória e essencial, os equipamentos e as fotos subaquáticas.
Um dos movimentados calçadões da vila
Não sou exatamente alguém apaixonado por água, então, mesmo sabendo de toda a segurança que os equipamentos e o acompanhamento de um mergulhador profissional proporcionam, demorei para relaxar e perdi boa parte do tempo de mergulho na própria superfície. Mas depois que finalmente consegui descer até os corais, o passeio valeu muito a pena. As empresas formam grupos, geralmente de hora em hora, e a última turma é por volta das 16h para garantir que todos voltem antes de anoitecer. Por isso, é recomendável reservar com certa antecedência. As fotos foram enviadas diretamente por e-mail, mas quem preferir também pode retirar um CD na própria loja
À noite, saí com uma turma que estava no hostel para jantar e tomar cerveja. Ficamos conversando por algumas horas, mas logo voltei para dormir.
Cavalo-marinho grávido em exposição no projeto Hipocampus
No dia seguinte, não deu para fazer muita coisa… depois do café da manhã fui conhecer o projeto Hipocampus, que trabalha na preservação dos cavalos-marinhos. O trabalho é muito legal, mas o passeio pelos aquários custa R$ 12 e não tem lá muitos atrativos… a única coisa que você vê são os animais expostos.
Depois foi o tempo de arrumar a mala, fazer o check out e pegar a estrada de volta pra Recife. Fui de carona com um uruguaio que estava hospedado no mesmo quarto que eu e havia alugado um carro. Gastei somente os R$ 7 do pedágio, já que ele não quis dividir o custo do combustível.
Claro que há muito mais a se fazer em Porto de Galinhas, como os passeios de buggy para outras praias próximas. Sem contar os grandes hotéis que são uma atração à parte por si só. Mas o bate-volta a Porto de Galinhas para quem está no Recife é possível sim e vale muito a pena. Só não crie muita expectativa em cima das imagens da internet…
Texto e fotos by Rodrigo Masaia.
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