Um comboio rumo a Sintra

Neste post vou continuar em Portugal, agora, nas proximidades de Lisboa. Lembram que na última publicação eu falei que de 5 a 8 dias é um bom tempo para conhecer a capital portuguesa e as cidadezinhas da região?? Então, hoje vou falar um pouco sobre Sintra.

A vila (muitas pessoas preferem chamar Sintra de vila) fica a 28 km de Lisboa e é muito fácil chegar. Para quem vai de carro a viagem dura aproximadamente 30 minutos. Já para quem vai de comboios (os trens), o percurso é feito em 40 minutos, saindo de diferentes estações, como a Rossio, Areeiros ou Oriente.

Para quem escolher ir a Sintra de trem é importante saber que a estação da cidade serrana fica cerca de 1 km do centro e do “ponto de partida” para os principais locais turísticos da vila. Eu fiz esse percurso andando e já aproveitei para começar a conhecer a cidade. E, para os mais dispostos, eu, realmente, recomendo essa caminhada. A cidade é no meio da serra e a caminho até o centro é muito bonito, cheio de curvas (típico de serra) e uma paisagem que já faz o turista imaginar o que tem para o resto do dia. Mas, também é possível chegar à região central de ônibus ou táxi, que saem da frente da estação.

Quando chegar na prefeitura de Sintra, quer dizer que já está no centro da cidade. O prédio da prefeitura já é uma pequena amostra das belezas arquitetônicas que os turistas vão encontrar em Sintra. Andando mais um pouco pelas ruas de paralelepípedo, chega-se na Praça da República e no Palácio Nacional de Sintra.

Agora, eu preciso abrir um parênteses e dar uma triste notícia. Rsrsr… Sintra tem muitos lugares interessantes e belíssimos para visitar, porem, infelizmente, é muito difícil conhecer tudo em um dia. Eu não gosto de “turistar” com pressa e para conhecer todos os pontos turísticos da cidade, tirando o maior proveito, leva algumas horas. Por isso, antes de visitar a Sintra eu li bastante e escolhi os lugares que mais me interessaram, mas tenho muita vontade de voltar e conhecer os locais que não tive tempo. E, é por esse motivo que vou comentar mais sobre uns pontos turísticos e menos sobre outros, mas isso não quer dizer que os que eu destacar são mais interessantes e, sim que são apenas os que eu conheci melhor.  (Pronto, fecha parêntese, rsrsr…)

Então… O Palácio Nacional de Sintra eu não conheci, mas é um desses lugares que fiquei morrendo de vontade de visitar. Eu dei preferência aos principais palácios, os mais conhecidos. Porém, eu me arrependo muito de não ter visitado pelo menos os jardins do local. Dizem que é lindo e tem uma bela vista da cidade.

Do centro eu e meus amigos fomos caminhando a um dos palácios mais famosos da cidade, o Palácio e Quinta da Regaleira. Para mim, é o castelo da Branca de Neve. Pessoal, é lindo mesmo. Um dos meus pontos turísticos preferidos. O castelo, o jardim… tudo realmente vale a pena.


 O Palácio e Quinta da Regaleira foram construídos no meio da floresta e são considerados Patrimônios Humanitários pela UNESCO. O castelo é cercado por um belíssimo jardim, com poços, fontes e uma linda igrejinha.

Da Quinta da Regaleira pegamos um ônibus que faz um percurso turístico, passando pelas principais atrações da cidade (não são aqueles ônibus com guia e tal. É um ônibus urbano normal, mas que faz trajeto para os turistas). E a primeira parada foi o Castelo dos Mouros.


O Castelo dos Mouros é bem legal. Não se compara aos luxuosos palácios da cidade (minha opinião), mas eu recomendo a visita. Uma interessante construção do século VIII, com importância militar para a época, pois tem uma privilegiada visão. Atualmente, só restaram as muralhas, rodeadas por pequenos “caminhos” de pedra (ainda do próprio castelo) que ligam às antigas guaritas. É possível caminhar por lá e admirar a linda visão da região de Sintra, o Palácio da Pena e até Lisboa.


Do Castelo pegamos o ônibus e subimos para o Palácio da Pena, que fica no alto de uma colina de 500 metros de altura. Outro Palácio maravilhoso, com uma vista linda, que não dá para deixar de ir.

Ele é super interessante. É possível comprar o ingresso para visitar apenas o jardim e a parte externa do Palácio, que é todo colorido. Mas, eu recomendo conhecer a parte interna também (o ingresso é um pouco mais caro, mas vale a pena). Lá dentro tem as histórias dos antigos proprietários – muitos deles conhecidos pelos brasileiros, pois o palácio pertencia à família real portuguesa – e também entender como era a vida das pessoas que lá moravam. A parte interna do palácio ainda é a original dos tempos áureos, com salas luxuosas, quartos com os objetos pessoais do rei e da rainha, fotografias espalhadas pelos cômodos e a cozinha com os utensílios da época.

Aqui eu abro mais um parênteses, rsrsr… Levem casaco. Sintra é uma cidade serrana, o que já a torna mais fria. Eu estava com uma malha de lã, mas conforme o dia foi caindo e, como visitei o Palácio da Pena, que fica em um dos pontos mais altos da vila, só no final da tarde, passei muitoooo frio. Então, levem alguma coisinha a mais na mochila.

Uma dica. É possível comprar “combos” de ingressos para os pontos turísticos. Eu comprei um que dava acesso ao Castelo dos Mouros e ao Palácio da Pena, mas tem outras opções. O valor vale a pena.


Para voltar ao centro de Sintra, peguei o mesmo ônibus e desci a serra. Visitei as lojinhas de souvinirs e descobri o doce que, para mim, é o melhor de Portugal (até mesmo que dos Pastéis de Belém): os Travesseiros de Sintra (massa folhada, com um recheio cremoso de amêndoas). A fábrica mais tradicional do doce chama-se Piriquita, que também é famosa pelas Queijadinhas de Sintra. Mas, o travesseiro, foi o que me conquistou. Sério, é muito bom. Eu não conhecia até ir visitar a cidade e ver a pequena aglomeração de pessoas na porta do local. A partir desse dia, viciei no doce e encomendava uma caixinha com vários deles para todo mundo que ia conhecer a vila.

Sintra tem muito outros lugares incríveis para conhecer, como o Palácio de Monserrante, que tem uma arquitetura maravilhosa e um lindo jardim; o Palácio Nacional de Queluz, que foi a residência oficial da família real portuguesa até a fuga para o Brasil e o Cabo da Roca, que é ponto mais Ocidental do continente europeu, localizado a 17 km do centro de Sintra e tem uma das vistas mais bonitas da região (ponto onde a terra acaba e o mar começa, como escreveu Luís de Camões em Os Lusíadas). Esses são alguns dos lugares que me fazem sentir ainda mais vontade de voltar a Sintra.

Essas são minhas dicas sobre a cidade. Espero que tenham gostado de Sintra. Até a próxima. Beijos.

Texto e fotos by Flávia Pigozzi.

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