Como aproveitar Berlim com dicas para Natal e Reveillon

Final de ano (com reveillon) sempre foi uma data especial para mim. Além de todas as festas de natal e ano novo também é meu aniversário.  Em 2012 as comemorações foram um pouco diferentes do que estava acostumada, mas tão legal quanto de costume.

Como alguns sabem na época eu morava em Lisboa e no final do ano sai para um mochilão de 20 dias, passando por oito cidades em quatro países diferentes. Comecei a viagem por Paris. (vocês podem ler ou reler tudo que conheci na cidade luz e minha relação de amor com Paris aqui).  Depois peguei um avião para Espanha, passeando durante uma semana por Madrid, Toledo, Zaragoza e Barcelona, onde passei o natal. Dentro da Espanha viajei de ônibus (ainda não escrevi sobre nenhuma dessas cidades espanholas. Esta é uma publicação futura, rsrs). O próximo voo me levou para a maravilhosa Praga, na República Tcheca (que também vou falar em outra publicação). E, de Praga fui de trem para Berlim, passar o meu aniversário e o ano novo.

É esse o nosso ponto de parada de hoje… Berlim. Decidi falar da cidade por que lembro que, além dos pontos turísticos, quando fui para a cidade, me preocupei em saber como é a festa de ano novo por lá.

Porém… Antes de falar de Berlim e de sua festa de virada de ano, vou abrir um parêntese e contar sobre a festa de natal em Barcelona, rsrs. Para quem não tem família na cidade como eu, acho que a melhor saída é fazer o mesmo que fiz. Eu e meu amigo nos juntamos com os outros turistas que estavam hospedados no hostel e aproveitamos a ceia que o próprio hostel ofereceu para os hospedes. Me lembro que não foi tão caro. Cerca de 15 euros com comida e bebida. Depois das 12 horas, todos foram para uma balada. Assim foi minha festa de natal desse ano, rsrsr. Para mim, natal é uma coisa muito família mas, eu amei minha comemoração de 2012. Foi diferente, mas gostosa. (Fecha parêntese, rsrsr)

Voltando a Berlim, rsrs…. Acredito que quatro ou cinco dias é um tempo bom para conhecer os principais pontos da cidade. Eu fiquei quatro dias por lá. Alguns dias foram corridos, pois era final do ano, mas, mesmo assim, visitei tudo que tive vontade.


 Nosso hostel (o melhor que já fiquei até hoje) era perto da Praça Alexanderplatz. No primeiro dia de viagem já curtimos um pouco de tudo que a praça oferece. Na Alexanderplatz há diferentes lojas, como a Galeria Kaufhof e a loja de eletroeletrônicos Saturn. Lá também é um dos principais pontos de transporte público da cidade. Além disso, na Praça fica o Urania-Weltzeituhr, aquele relógio que marca a hora de diferentes cidades do mundo; e a famosa Torre da TV – Fernsehturm, que com seus 368 metros de altura, proporciona uma visão linda da cidade.

Neste primeiro dia de viagem, também fui para Legoland de Berlim (não é igual ao Legoland Florida, como meu amigo Ricardo contou, mas é legal). Para quem vai visitar Berlim com crianças ou é fã do brinquedo, eu recomendo. Tudo na Legoland é feito de lego… bonecos gigantes, maquetes da cidade… tudo. Além disso, lá dentro também tem outras atrações como o cinema 4D e a Fábrica de Lego.  A Legoland fica no Sony Center (um prédio de metal lindo. Fácil de achar), que fica na Potsdamer Platz, uma região que, após ser destruída na Segunda Guerra Mundial, foi reconstruída e hoje tem prédios muito modernos, movimentados e que oferece diferentes atrações, como cinema, lojas, cassino.

No segundo dia de viagem, começamos o passeio pelo Brandenburger Tor, um dos pontos turísticos mais famosos de Berlim. O portão, que fica na Pariser Platz, é um símbolo da unificação alemã e é lá que acontece as grandes festas, como a do Reveillon, com bandas e queimas de fogos (toda a estrutura para a festa do ano novo já estava montada e dava para começar a sentir a animação que seria, rsrsr).

Da Pariser Platz fomos caminhando pela conhecida Avenida Unter den Linden e visitando mais pontos turísticos famosos da cidade, como a Ópera de Berlim, a Universidade Humboldt, os palácios do Príncipe Herdeiro e da Princesa (Kronprinzenpalais e Prinzessinnenpalais). Essa avenida leva ainda à Ilha dos Museus e a Catedral de Berlim. A catedral, que é linda, está localizada na Praça Lustgarten, onde também fica o Museu Antigo, um dos cinco museus da Ilha do Museu (os outros são: o Museu Novo, o Museu Pergamon, a Galeria Nacional Antiga e o Museu Bode).

Vou abrir mais um parêntese aqui, rsrs. Não tivemos vontade (não sei por quê. Hoje eu entraria em pelo menos três deles, rsrs) de entrar em nenhum desses museus, mas pesquisei para vocês o que cada um deles tem… :). O Museu Antigo expõe parte da Coleção de Antiguidades Clássicas; o Museu Novo conta com coleções sobre a pré-história, história antiga e Egito Antigo; o Museu Pergamon, que é o museu mais visitado de Berlim, abriga peças monumentais; a Galeria Nacional Antiga exibe principalmente pinturas do Impressionismo, Romantismo, Neoclassicismo, Biedermeier e início do Modernismo; e o Museu Bode tem uma coleção de esculturas, Arte Bizantina e uma coleção de moedas.

Andando mais um pouco pela região encontra-se o Parlamento de Berlim, o Reichstag. A cúpula de vidro e o terraço do parlamento podem ser visitados de graça. Eu não consegui entrar por que só lá que fiquei sabendo que é necessário agendar a visita com dois dias de antecedência, mas falam que vale muito a pena. (segue o site para agendar a visita).


Neste mesmo dia fomos para o Checkpoint Charlie, famoso posto militar que fazia fronteira entre Berlim Ocidental e Oriental. Com a construção do Muro de Berlim, o posto foi montado para controlar a passagem de membros das forças Aliadas. Hoje em dia, na Checkpoint Charlie, além da enorme placa onde esta escrito “Você está deixando o setor americano”,  também foi montada uma réplica da cabine do posto da fronteira, com “soldados” ao seu redor para remontar o cenário da época (as pessoas podem tirar fotos com esses soldados, mas eles cobram para isso).

Ali ainda tem pedaços do Muro de Berlim e o Museu Check Point Charlie, com fotos e documentos de pessoas tentando fugir de Berlim Oriental.


Neste dia fomos ainda a Topografia do Terror e ao Memorial do Holocausto. O primeiro fica perto do Checkpoint Charlie e, além de contar um pedaço bem grande e original – sem pinturas ou qualquer tipo de expressão artística – do Muro de Berlim, também traz fotos e documentos sobre a época do nazismo – as perseguições, as criações dos campos de concentrações, as invasões a outros países e o fim da guerra.

Já o Memorial do Holocausto, com seus 2.711 blocos de concreto cinza escuro e de alturas variadas, é dedicado aos milhares de judeus mortos durante o nazismo. Lá tem ainda um tipo de museu com informações sobre a perseguição aos judeus, fotos e histórias de famílias que sofreram durante essa terrível fase da história mundial. Esses passeios são bem tristes e pesados…. Mais um parêntese, rsrs. Era meu aniversário nesse dia e foi bem ruim visitar esses lugares. 🙁

No outro dia acordamos mais tarde, por que saímos para comemorar meu aniversário na noite anterior. Fomos a um bar-balada que o pessoal do hostel indicou. Não lembro o nome, mas fica a dica de sempre pedir indicações de festas ou bares para os funcionários dos hostels. Eles sabem de bons lugares.

Como acordamos mais tarde, tivemos menos tempo para fazer passeios turísticos. Nesse dia conhecemos o famoso trecho do Muro de Berlim, o East Side Gallery. Nesta parte do muro artistas do mundo todo fizeram pinturas que relatam acontecimentos políticos marcantes relacionados a construção do muro.

Neste dia também passeamos pela cidade, passando pela prefeitura de Berlim, conhecida como Prefeitura Vermelha, por causa da cor do prédio; e a Praça Gendarmenmarkt, onde fica a Casa de Concertos e as Catedrais Francesa e Alemã – como era final de ano, na praça estava montada uma daquelas tradicionais “feiras” de natal que estão por toda a Europa nesta época. Essas feiras são uma delícia. E, neste dia aproveitamos ainda para fazer umas comprinhas e ir a lojas de souvenir.

Na noite deste dia, aproveitamos o bar do hostel, que era beeeem legal. Vale a pena ver hostels que tem esses esquemas de bares ou baladas no próprio estabelecimento.

No último dia na cidade, visitamos o Parque Tiergarten mas, como era inverno, não conseguimos aproveitar muito, porém, os alemães e os turistas adoram fazer piqueniques e andar de bicicleta por lá. No verão ele é muito bonito, verde e cheio de flores. E, neste parque fica também o Palácio Bellevue, onde fica o escritório do presidente e salões que são usados para jantares e cerimônias oficiais. No meio do parque esta localizada ainda a Coluna da Vitória, outro cartão postal da cidade.


Os passeios turísticos desse dia foram muitos rápidos. Depois já começamos a nos preparar para a festa da virada, que acontece no Portão de Brandenburger. É uma “Copacabana” de Berlim, só que sem a praia e com roupas de frio, rsrs. Todo mundo fica na área do portão, bebendo, comendo, curtindo a banda e esperando dar meia noite para comemorar a chegada do ano novo e ver os fogos – que nem se compara com os de Copacabana. Aqui no Brasil é muito mais bonito. Depois da virada de ano, as pessoas costumam ir para baladas. Eu fiquei na festa do hostel, mas tem muitas opções legais.

Eu gostei da minha festa de fim de ano. Espero que tenha ajudado quem esta pensando em ir para lá.

Ahh… estava esquecendo duas coisas. 1ª para quem quer fazer compras, além das famosas e tradicionais lojas que estão por toda a Europa, como a Zara e a H&M, em Berlim também tem uma Galeria Lafayette, com suas lojas de grife. 2ª para quem gosta de salsicha e cachorro quente, lá é o lugar ideal para comer muito.

Até a próxima.

Texto e fotos by Flávia Pigozzi.

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